Ciência e Religião têm que manifestar-se.
A religião opõe-se ao Espiritismo com atitude dogmática, inadequada para a explicação de fenômenos, qualquer que seja o campo que se considere. A ciência se opõe por vários motivos:
1.°) a ciência não havia constatado, ainda, que se pudesse ter percepções a não ser pelos sentidos comuns. A mediunidade, com a qual se pretende o contrário, contrastava com a sua experiência existente;
2.°) entendia ela que as leis físicas eram leis gerais da natureza e que todo e qualquer fenômeno deveria ser explicado por elas. E tais fenômenos, por elas, são absolutamente impossíveis;
5.°) a sobrevivência e a comunicação dos mortos não são fatos constatáveis pelos sentidos. Sua afirmação era tida do domínio religioso: preconceitos religiosos. Ciência e Religião concluem, novamente, que tudo não passa de mera imaginação.
Às investigações de Kardec somam-se as de vários cientistas de grande nomeada: de Crookes, Wallace, Lodge, Richet, Delanne, Denis, Flammarion e outros, todos eles contribuindo para o engrandecimento e a divulgação da Doutrina, da qual se declaram adeptos.
Outra tentativa científica estabelecida por Richet — A Metapsíquica — não se firma, mas prepara o advento da Parapsicologia — a versão científica atual de tais estudos e com resultados já universalmente aceitos.
A Parapsicologia conclui pela existência dos fenômenos, antes negados. Comprova a existência da telepatia, da clarividência e da premonição, que denomina, conjuntamente, de Percepção Extra-Sensorial. Quanto à explicação, confirma que ela não pode ser dada pelas leis físicas conhecidas (antes, por estas são absolutamente impossíveis) e que são regidas por leis ainda desconhecidas. Suas teorias não ultrapassaram ainda o estágio da formulação de hipóteses.